quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Ditando regras

Estamos na era da indústria cultural. Sabe o que é isso? É tudo aquilo produzido pelo sistema industrializado de produção cultural (as televisões, rádios, jornais, revistas...) e preparado de forma a influenciar, aumentar o consumo, transformar nossos hábitos, re-educar, informar.
Somos feitos de fantoches pelas normas sociais e temos o gosto popular degradado e deturpado. E o pior, você nem sequer percebe isso.
A comunicação organizada por essa indústria seduz, a mensagem oculta escapa ao controle da consciência, penetra no cérebro do espectador e faz com que ele não seja impedido pelas resistências psicológicas ao consumo.
Essa indústria cria estereótipos para se antecipar às informações de atitude do espectador. Quanto mais se materializam e fortalecem, menos as pessoas modificarão suas idéias preconcebidas com o aumento da experiência.
E todos os setores e classes já foram atingidos.
Até as religiões se transformaram reprodutoras de valores e geradoras de comportamentos. Os teleevangelistas estabelecem relações numa demonstração de poder, competição e idolatria. Seguindo com o impulso no forte comércio de livros, cds, filmes, santos, velas, etc.
No esporte até os jogadores são tratados como mercadorias pelos “cartolas”. Eles se tornam escravos e não escolhem livremente para qual clube vão jogar. Isso porque o esporte é hoje a segunda atividade que mais gera dinheiro no mundo, perdendo para o turismo. E o que mais circula dinheiro é o futebol.
Um mundo de anúncios, em que a criança é sempre sorriso, a mulher representa desejo, o homem se torna sinônimo de plenitude, a velhice de beatificação e as personalidades se encaixam entre o real e imaginário, são humanos e divinos.
Lugar em que são vendidos estilos de vida, sensações, emoções, visões de idealismo, relações humanas, sistemas de classificação e hierarquia.
É o poderoso mundo que permitimos. Uma nova era da indústria que (não) se vê.

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