domingo, 26 de outubro de 2008

Bonitão, mas sem amor!

Você é dono de um currículo invejado. Homem, na casa dos trinta, independente, educado, curte boas músicas e acaba de ficar na sua melhor fase profissional – foi promovido.

Você tem peito de pombo, barriga tanquinho e dentes brancos. Inteligente, gosta de ler bons livros e é de boa família. Entende de novas tecnologias, faz um macarrão delicioso e é o mais engraçado da turma. Carambola! Porque, afinal, ainda está solteiro? S-O-Z-I-N-H-O!

Tudo bem que não seja tão idêntico ao Brad Pitt (extremamente bonito, rico, famoso e cobiçado), mas sabe que já passou da hora de encontrar uma cúmplice.

Ahan, sei que agorinha está pensando: “o solteiro é opção”. Só que, meu amigo, essa desculpa é antiga e não engana mais ninguém.

Você só anda com homens, continua dividindo o apê com um amigo, e corre-corre nas noitadas a procura de alguém, mas sempre acaba no clubinho gastando mais dinheiro pra tirar ‘umazinha’.

Vai pro bar mais badalado do momento, fica numa mesa com cinquenta amigos, mas não tem coragem de se aproximar da garota solteirona da mesa ao lado, toda sorridente, dando o maior mole desde a hora que chegou.

Quando está de pileque no dia que tirou para relaxar, seus amigos até levam você pra casa e te colocam embaixo do chuveiro com água fria, só que nunca tiram toda sua roupa. É importante lembrar que nessas horas uma companheira faz falta, seja para preparar um bom prato de canja, um forte café ou te vestir o pijama e a meia quentinha nos pés.

Ótimo que você já tem um filho com a namoradinha da adolescência, plantou uma árvore na primeira série, ainda quer comprar um carro, construir uma casa e viajar para uma dúzia de lugares.

Cuidado que nesse lenga-lenga até seu tio está ‘pegando’ mais que você.

Pare de esnobar a coroa do carrão e paquerar a sobrinha fabulosa do amigo - aquela cheia de pose e vigor para cantarolar que nem passarinho -, ela será um problema.

Sei que ainda insiste em dizer: “já conheci milhares de garotas e namorei por anos, porém nenhuma que me fizesse morrer de amores”. Querido, sinto em afirmar que muitas delas foram aprovadas por sua mãe – o que é inédito – e não encontrará uma mulher totalmente perfeita em qualquer planeta.

Diante de toda essa história, resta a seguinte análise: ou você é louco pensando em morrer solteirão ou um viadinho enrustido que ainda não descobriu o verdadeiro rumo pra vida.

Está dizendo que até tem alguns casos, né?! Mas ninguém viu ainda – o que já se torna estranho, visto o fato de que ‘passar o rodo’ em gatas e não contar e mostrar para os amigos não tem graça.

Chega de enrolar, viu! Seu cabelo já começa a apresentar alguns fios brancos – o que as mulheres consideram um charme, mas quando estiverem todos grisalhos ficará pior de encontrar alguém bacana e se ele estiver pintado então, aí que piora a situação.

Enquanto ainda há tempo, distribua seu currículo e vá fazer sucesso, garoto!

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Ditando regras

Estamos na era da indústria cultural. Sabe o que é isso? É tudo aquilo produzido pelo sistema industrializado de produção cultural (as televisões, rádios, jornais, revistas...) e preparado de forma a influenciar, aumentar o consumo, transformar nossos hábitos, re-educar, informar.
Somos feitos de fantoches pelas normas sociais e temos o gosto popular degradado e deturpado. E o pior, você nem sequer percebe isso.
A comunicação organizada por essa indústria seduz, a mensagem oculta escapa ao controle da consciência, penetra no cérebro do espectador e faz com que ele não seja impedido pelas resistências psicológicas ao consumo.
Essa indústria cria estereótipos para se antecipar às informações de atitude do espectador. Quanto mais se materializam e fortalecem, menos as pessoas modificarão suas idéias preconcebidas com o aumento da experiência.
E todos os setores e classes já foram atingidos.
Até as religiões se transformaram reprodutoras de valores e geradoras de comportamentos. Os teleevangelistas estabelecem relações numa demonstração de poder, competição e idolatria. Seguindo com o impulso no forte comércio de livros, cds, filmes, santos, velas, etc.
No esporte até os jogadores são tratados como mercadorias pelos “cartolas”. Eles se tornam escravos e não escolhem livremente para qual clube vão jogar. Isso porque o esporte é hoje a segunda atividade que mais gera dinheiro no mundo, perdendo para o turismo. E o que mais circula dinheiro é o futebol.
Um mundo de anúncios, em que a criança é sempre sorriso, a mulher representa desejo, o homem se torna sinônimo de plenitude, a velhice de beatificação e as personalidades se encaixam entre o real e imaginário, são humanos e divinos.
Lugar em que são vendidos estilos de vida, sensações, emoções, visões de idealismo, relações humanas, sistemas de classificação e hierarquia.
É o poderoso mundo que permitimos. Uma nova era da indústria que (não) se vê.

Amélia ou não? Eis a questão.

Você se considera uma mulher perfeita. É bonita, simpática, honesta, trabalhadora, cozinha, lava e passa muito bem, além de ser incomparável entre quatro paredes – de tão completa.

Ok, mesmo assim se põe a imaginar – nessa cabeça pensante e cheia de besteirinhas – que ele não te ama e tem ou está com outra.

Hello! Acorda bonitinha! Homem é assim mesmo, todos bobinhos que não podem ver um novo rabo de saia. Enquanto focamos nossas mentes – e, damos conta super bem do recado – em obrigações diversas, eles se concentram apenas em quatro e únicas necessidades básicas: comer, beber, dormir e transar (não necessariamente nessa ordem).

Entenda que os homens precisam se divertir, é um instinto natural da raça. Fazem isso por ser galanteadores, fortalecendo o ego e a masculinidade. Lembra que desde os tempos mais antigos eles são os poderosos, os que dominam.

Só reforçando: traem por sexo! E quando passa o furor do momento já empurram a sujeita do caminho (diferentes de nós, eles não precisam do dengo pós-amorzinho).

Se pensar que casamento vai segurar o coitado, se prepare que lá vem bomba. Casamento, em muitos casos, é sinônimo de proibido e tudo que é proibido...

Em tempo, dois motivos distintos impulsionam o homem a casar:
a) agradar ou atender cobranças de uma sociedade;
b) não morrerem sozinhos, com incontinência (risos) e sem amor.

Ah, também não acredite quando ele disser que nunca te traiu. Essa é uma das mentirinhas mais contadas por eles.

Apesar de tudo isso, fique bem. Você continua sendo a preferida, adorada pelos amigos e a família dele, além de desejada numa fila de homens babando por ti. Só não precisa dar mole pra cada um que te paquera e não se renda ao dito de que mulher não trai e quando o faz é porque o amor chegou ao fim.

Mulher trai a procura de romantismo, de um carinho temporário, do príncipe que vai chegar num cavalo branco. E isso não é motivo suficiente para abandonar um relacionamento já construído, mas é um ótimo pretexto para ser chamada de vagabundinha. Portanto, evite!

Depois dessa leitura de reflexão, ainda quer lutar contra a raça e seus instintos? Deixa isso. Relaxa, eles continuam preferindo as amélias!

Para entender as mulheres...

Gosto que acaricie meus cabelos e minhas costas.
Prefiro que afirme seguidas vezes como estou bonita, mesmo que em alguns momentos seja mentirinha.
Costumo gritar, se irritada e acordar cedo de mau humor.
Não tenho o hábito de rir com piadinhas ou brincadeiras sem graça estonteante, portanto me faça gargalhar.
Prefiro os homens já vividos com histórico de muitas namoradas e sofrimentos amorosos, assim ofereço melhor proteção e companheirismo.
Não tenho muitos custos. Se relacionar comigo sai mais em conta que a vida de solteiro. Não bebo e nem curto lugares sofisticados, além de não ter o hábito de freqüentar constantemente festas pagas – boates ou shows com grande aglomeração de pessoas. Para me presentear, fique tranqüilo que não me importo com marcas de roupas, acessórios ou afins.
Sinto saudades de quem me surpreende, escuta e respeita meu ponto de vista.
Choro facilmente e se nesse momento disser que não te quero por perto, entenda como: “eu preciso muito de você agora, então fique e me faça carinho”.
Gosto de você do jeito que escolhi. Com alguns quilinhos a mais e discursos interessantes sobre as coisas que leu ou viveu.
Preencha um espaço em minha vida que ainda não tenha sido percebido por nenhum outro.
Fique em casa comigo e também curta a vida fora do nosso mundo, do jeito que bem escolher (desde que volte e me compense com dengo).
Mande flores ao lembrar que eu disse não gostar de recebê-las.
Num dia me trate como cachorra e no outro fale o quanto sou amada por ti. Aplicar somente uma dessas opções pode irritar.
Não sou de envolver família em excesso, conversar em demasiado com seus amigos e, sorrir ao encontrarmos alguma amiga que insiste em te abraçar de forma mais íntima.
Tenho fé, mas não acredito muito nos homens que controlam uma igreja.
Gosto de crianças, principalmente a dos outros e que possam ser devolvidas na primeira crise de pirraça, logo tenho dúvidas quanto a querer ser mãe.
Pode beber e dar alguns pegas em outras quando não conseguir conter.
Fique estressado e deixe claro que não me quer por perto quando estiver assim, sem nem precisar contar o motivo ou onde esteve.
Entenda que o homem direciona e a mulher administra. Sem machismo ou feminismo, é assim e pronto.
Você entende as mulheres agora?

terça-feira, 21 de outubro de 2008

A TV manipula

Pesquisas revelam que a mídia é a terceira maior ocupação do homem moderno. Perdendo apenas para o trabalho e o sono, respectivamente.

Engraçado perceber o quanto ficamos horas e mais horas na frente de uma telinha. Embasbacados, compenetrados e sem duvidar do que ali assistimos.

Por mais de 50 anos, a televisão reina absoluta como o meio de comunicação mais popular no Brasil. Por meio das emissoras, muitas pessoas criam seu mundo de sonhos, possuem acesso às notícias e serviços, acompanham as tendências, idolatram ícones, conhecem bons e maus exemplos.

Apesar de alguns jornalistas ainda negarem, o meio é utilizado, sim, para manipular, principalmente a massa, o povão.

Ela leva informação às casas de milhares de pessoas, entra sem pedir permissão e apresenta as notícias de forma rápida, sucinta, objetiva. O povo manipulado assiste e engole a notícia quase sem tempo de compreender o que vê.

As pautas que deveriam ser selecionadas para interesse do público são trabalhadas e, muitas vezes, acabam por interessar a um interesse individual.

Percebe que os entrevistados, convidados para falar sobre certo assunto, são quase sempre os mesmos? Os anos passam e eles continuam aparecendo.

A verdade é que os entrevistados são selecionados a dedo, devem ter pensamento rápido, obedecer aos critérios de pauta passados pela produção e falar bem. Se não seguem essa linha estão fora.

Além de existir certa preguiça em formar, ensinar, preparar novos entrevistados. A pressa exigida pela televisão, que atende a um deadline, colabora para que algumas pessoas sejam sempre as mesmas fontes, os mesmos convidados.

Também é válido mencionar aqui o papel dos condutores das notícias, os apresentadores que lapidam as informações de acordo com seus interesses; se o assunto está sendo polêmico e gerando audiência, se o entrevistado está falando aquilo que a produção instruiu, se o tempo está adequado.

Em nosso país temos uma grande mostra da influência da TV: conhecida emissora promoveu debate em época política entre Collor e Lula. Após uma edição, Collor foi apresentado como um entrevistado que só tinha propostas inteligentes, idéias brilhantes. Já Lula apareceu em seus piores momentos, com muitos erros e sem conteúdo considerado importante. Não que eu esteja defendendo partidos. Que fique clara minha posição política – não sou contra, nem a favor de alguém, muito pelo contrário. A mesma emissora que elegeu o Collor a presidente causou seu impeachment.

Assim funcionam os debates na televisão. Existem também aqueles debates montados pelos próprios entrevistados, em sua maioria políticos, que na telinha se mostram inimigos quando são, na verdade, grandes companheiros das antigas. Mas isso não é mostrado, não é falado, é omitido do público – que não faz questão de saber.

Assuntos de boa qualidade já não são mais interesses de uma maioria, eles preferem as notícias que não exigem muito para pensar e aceitam o que é apresentado. Gostam de ver pessoas em situações piores que as suas e imaginar que são melhores, apesar de tudo.

O fato é que quando se trata da vida real, a notícia se torna interessante se for polêmica, catastrófica. Para ver coisas boas, assistem a uma novela e seguem a moda dos artistas, tentando imita-los para chegar mais próximo da realidade do que é ter um lugar ao sol.

Diante dessa análise, podemos dizer qual é o papel da mídia na sociedade? O professor Nelson Traquina retrata bem o mundo da ética no jornalismo e propõe a seguinte reflexão: o jornalismo, afinal, é um contra-poder ou um poder a serviço dos poderosos? É um espaço fechado de reprodução ideológica do sistema dominante ou pode ser um espaço aberto a todos os agentes sociais na luta política e social?

É mais fácil mostrar notícias de fácil entendimento, o povo parece preferir assim. E os jornalistas já nem tentam mudar isso. Obedecem apenas ordens superiores (alguns a contragosto), publicam o que seus editores mandam, a cúpula da TV se mostra focada não em prestar serviço e sim atrair cada vez mais público, agradando aos clientes que compram os horários publicitários e os enriquecem cada vez mais. Se em algum momento existiu o papel social, ele está sendo substituído pelo interesse comercial.

Atenção, atenção!

Ei, responde rapidinho: onde está seu foco de atenção? Em um problema ou numa nova conquista?

Aposto que você imaginou um problema... Tudo bem! É comum ficarmos presos aos problemas, diminuindo assim a capacidade de encontrar soluções e visualizar os resultados positivos de uma batalha.

Um dos pressupostos da Programação Neurolinguística fundamenta que “você possui todos os recursos necessários para qualquer mudança desejada” (se você nunca ouviu falar disso, leia mais no link: www.descubrapnl.com.br).

Então, para iniciar a mudança enfatize seus pontos fortes e treine os fracos. Faça uma lista de seus sonhos, acredite que você é capaz de realizá-los e será. Ah, e lembre-se que você permite o que os outros fazem com você.

Sabemos que tudo isso que acabou de ler não é segredo. Somos cada vez mais bombardeados com livros e mais livros de auto-ajuda, mentalização positiva, universo que conspira a seu favor e blá, blá, blá. Mas veja bem, não adianta ter uma prateleira cheia, uma biblioteca perfeita em casa, se você lê (ou não) e não pratica.

Vai deixar isso pra quando? Daqui a pouco estará mais vivido e perceberá que a leitura, o aprendizado, a somatização de experiências (suas ou de outras pessoas) é que constroem a sua história.

Anima, vai! Comece a ser atencioso com o que fala, sente e faz e use sua melhor intenção nesses momentos. Negocie. Equilibre. Ouça mais. Coopere.

Temos um compromisso a partir de agora. É um trato de experiência para os próximos 3 meses. Pratique tudo isso que sabe ou acabou de saber sobre o foco de sua atenção. O resultado será uma pessoa cada vez melhor!

E depois é só me mandar um e-mail confirmando isso. Sucesso na tarefa!

Te amo, tá!?

Você tem medo de falar “eu te amo”? Eu tinha.

Três palavrinhas mágicas que dependendo do momento em que são ditas, aceleram o coração, conduzem a uma profunda respiração seguida de sensação de conforto, deixam os olhos brilhando e um largo sorriso aparecendo.

Lembro de um texto de Martha Medeiros acentuando bem a questão do eu te amo, de como é dito a todo o momento, inexpressivo, automático.

Um exemplo é quando um casal de recém-namorados apaixonados se despede cada vez que se fala ao telefone. O diálogo final é assustador.
De um lado ela diz: - Benhê, eu te amo muito.
Ele responde: - Eu também. Te amo, te amo, te amo!
E continuam: - Ah, não. Eu te amo mais.
- Nada disso, eu que amo!

Tenha paciência! É tal de te amo pra lá, te amo pra cá. Chega a ser irritante. Sem falar naquela voz chatinha de dengo que os dois fazem. Até que precisam mesmo encerrar a ligação e um começa mandando o outro desligar o telefone primeiro e o outro fala que não e vai e fica naquele ‘lengalenga’ (aposto que você fez isso um dia). Até que decidem desligar juntos. Um, dois, três e tu, tu, tu.

Não que seja banalizado, pelo contrário. Se você sente que de alguma forma aquela pessoa é especial para sua vida, fale mesmo, com sinceridade. Pode ser no amor, no trabalho, na família, nas amizades. Não importa. O válido é que você deixe claro o quanto alguém é precioso.
Imagino que para os homens mais experientes (não aqueles meninos que descobriram a primeira namoradinha) isso seja uma tarefa muito mais delicada e complicada. Afinal, ele pensa que ao falar “eu te amo” será transportado automaticamente e em tempo real para um altar, com direito a padre ou pastor, juiz de paz e quase toda população do planeta convidada a testemunhar. Se for o caso de falar “eu te amo” para a namorada.

Mas, se você já for casado, meu amigo, terá de dizer as três palavras pelo menos uma vez ao dia para a sua esposa - como um dos afazeres da manutenção do casamento. Pesquisas confirmam que o efeito da frase dita as mulheres, é um forte aliado na resolução das crises de ciúme, além de evitar gastos exagerados do cartão conjunto e ainda pode render excelentes carinhos, massagens e receitas deliciosas.

Agora, já percebeu que aquele “eu também” - na resposta - é que mata qualquer um? Eu também? Epa! Você também se ama, é isso? Ok.

Um “eu te amo” - se respondido, deve ser a altura. Com um estrondoso “eu é que amo você”.

Calma. Respire fundo. Sinta o quanto às pessoas passam pela sua vida e quais são os aprendizados que proporcionam. Amar com sinceridade e deixar isso claro, nem que seja a cada século, é ótimo.

Quer ver um resultado bacana de como essas três palavrinhas fazem sucesso e te garantem mais dengo? Faça o teste do eu te amo esta semana. Comece dizendo aos mais próximos (pais, irmãos, esposa, filhos, namorada, amantes, amigos); estenda aos chegados do dia a dia (colegas de profissão) e; logo mais falará com o pessoal da padaria, da portaria do seu escritório e apartamento, jornaleiros, enfim, todos aqueles que você não nota, mas estão constantemente por perto, sendo bons atendentes e esperando serem percebidos. Só que é o seguinte, não pode falar muito. É uma vez só por pessoa e pronto – pra não enjoar.

Você não imagina como apenas uma palavra de amor pode mudar e muito a vida das pessoas que a recebem.

Vai lá, cara! Sem medo. Fala. Não arranca pedaço não.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Bate-papo sobre os pontos de vista de Pierre Bourdieu, em seu livro "Sobre a Televisão"

Jornalista convidado: Bruno Dalvi – Editor ESTV 2ª edição (TV Gazeta, afiliada Rede Globo).

Em uma conversa com o jornalista, de 27 anos, analisamos alguns pontos de Pierre Bourdieu sobre a televisão. Bruno Dalvi tem uma carreira consolidada com passagens por jornais impressos e televisivos de emissoras nacionais, bagagens de experiências acumuladas em nove anos de profissão e uma visão bem particular do trabalho jornalístico.
Foi um diálogo descontraído e cheio de opiniões. Trabalhei por oito anos em pequenas emissoras de televisão, do interior. E diante do bate-papo com Dalvi, vejo o abismo que existe entre as mais fracas e as mais fortes emissoras. Tenho uma visão e experiência diferente que permite acrescentar, a sociedade é manipulada sim, por não ter acesso às informações completas do que se passa por trás dos bastidores. Mas, cabem a nós jornalistas mostrar? Somos apenas canais de informação, se alguém quer falar o que existe de errado, damos a oportunidade e pronto, claro que ouvindo sempre os dois lados. A decisão final deve ser do público. Aí vem outra situação: nosso tempo de jornalismo é curto em televisão. As notícias são rápidas, sucintas e entregues quase que mastigadas, prontas pra serem engolidas. Isso não dá o tempo que eles precisam para entender e criar uma opinião própria sobre o fato.
Bourdieu destaca bem que os jornalistas interessados, em muitos casos, querem é disputar entre si a melhora nas informações, querem saber quem chega à frente, quem dá o que o outro não deu ou vai dar e não se mostram tão interessados em atender ao desejo do telespectador. E assim são capazes de criar o seu próprio público.

Você acha que os jornalistas são engessados pela chefia, que atende às pressões da massa, interessados na conquista de audiência?
Afirmo que há um interesse na conquista de audiência que caracteriza a conseqüência de um trabalho com credibilidade. Mas essa audiência é na verdade o sinônimo de agradar a um público maior. Tanto que nas reportagens são focados assuntos de interesse de um grande grupo, algo que envolva mais a comunidade e não seja interesse particular de alguém – o que já não caracteriza um jornalismo imparcial e canal de informação.

Concorda que os jornalistas possuem óculos que os permitem enxergarem além?
Sim. E isso deve acontecer. É um processo natural. Afinal, o jornalista deve ser preparado para isso, para realizar um ‘serviço público’, levar ao público o que ele precisa saber de informação. Importante lembrar que isso também só acontece se o profissional estiver bem preparado, ler diariamente jornais, revistas, sites de notícias, qualquer tipo de texto com conteúdo.

Como é o processo de seleção dos entrevistados? Existe algum preferencialismo?
Não necessariamente. A questão é que temos algumas fontes que acabam se tornando peças-chaves. São pessoas que firmam um relacionamento mais próximo e entende melhor o que queremos, compreende nosso dinamismo, estão dispostas a sempre colaborar e se alinhar em nosso tempo. Claro, concordo com Bourdieu que às vezes não temos tempo de buscar novas fontes, alinhar novas pessoas, porém, aí que vem o trabalho em equipe, eu tenho minhas fontes, o repórter tem outras, o colega ao lado mais outras. Assim vamos encontrando o melhor entrevistado para aquele determinado assunto. Buscamos o entrevistado que seja especialista no que será abordado, que saiba falar com diplomacia e convicção, valorizando ainda mais a credibilidade de determinada reportagem e a emissora.

Há interferência por parte do departamento comercial com seus interesses na linha editorial do jornal?
Aqui não. Um exemplo para citar é de um caso recente. Um de nossos maiores anunciantes (uma grande rede varejista de eletroeletrônicos) foi acusado de sonegação fiscal pela Polícia Federal. Essa informação foi divulgada em nosso jornal e citamos inclusive o nome da rede. Tudo bem, até soube depois, que o proprietário da rede havia ligado para o dono da emissora, os diretores, enfim. Mas, a chefia nem sequer disse algo a jornalismo do tipo “estão proibidos de divulgar tal informação ou peguem mais leve”. Isso é o que garante nossos índices de audiência, é o que aumenta nossa credibilidade com o público. Apesar de reconhecer que o jornalismo de outras emissoras até pode ser manipulado e liderado pelos interesses do comercial.

A imprensa manipula para ter os resultados que objetiva?Não. Pelo menos, não vejo isso. A imprensa é apenas um canal de informação. Jornalista que manipula informação comete um crime e deve pagar por isso. Daí a importância da boa e profunda apuração de notícias. Para frisar bem isso, só trabalhamos com fontes que existem e aceitam ser divulgadas. Nem cogitamos a idéia de dar papo a alguém que diz “vou te dar uma informação, mas não quero que fale que fui eu quem contou”. Nossa linha editorial é assim e seguimos um bom exemplo da rede a que somos afiliados.

domingo, 31 de agosto de 2008

Sobre a Vírgula!

Meu caro,
De imediato confesso que relutei em não divulgar aqui no blog algo que não surgisse da minha mente... mas, não teve jeito! Adorei a campanha dos 100 anos da ABI (Associação Brasileira de Imprensa) e resolvi divulgar:

Sobre a Vírgula!
Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere.

Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.

Pode ser autoritária.
Aceito, obrigado.
Aceito obrigado.

Pode criar heróis.
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.

E vilões.
Esse, juiz, é corrupto.
Esse juiz é corrupto.

Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.

Uma vírgula muda tudo.

Detalhes Adicionais:
SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.
Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER.
Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Jogos olímpicos ou espetáculo televisivo?

A questão levantada por Pierre Bourdieu no livro “Sobre a Televisão” talvez abra um leque de novas descobertas sobre um mundo de sonho comprado, fantasiado. Leva a comparar o espetáculo das olimpíadas a uma novela ou teatro, em que os melhores personagens são escolhidos e cada cena muito bem produzida. Apesar da essência das olimpíadas que pode continuar a mesma de quando começou em 776 a.C. que é a disputa dos atletas representando o poder de suas cidades.

Na atualidade alguns jogos particulares acontecem embutidos a competição, são os jogos de manipulação da massa. Um bom exemplo é o real peso dado a cada esporte. Quem ganha mais espaço na mídia? O que dá mais retorno a publicidade dos patrocinadores que junto às emissoras de comunicação - que compram os direitos de transmissão dos jogos -, tornaram o COI (Comitê Olímpico Internacional) numa empresa com orçamento anual de 20 milhões de dólares, como cita Bourdieu em seu livro.

Para este ano, temos mais uma overdose de jogos e competições, divulgados em horários estratégicos e fortalecendo a idéia de que a imprensa é economicamente censurada. As Olimpíadas de Beijing, uma República Popular da China, começaram com manifestações políticas na chegada da tocha olímpica e nada mais se ouviu falar na imprensa. As notícias de violência foram bloqueadas pelos líderes daquele país e muitos esquemas montados para tornar o espetáculo um dos maiores da história.

Até o dia e horário da abertura dos jogos foram profundamente pensados: 08/08/2008 às 08h08. Coincidência? Não. O número 8 na cultura milenar significa prosperidade. O espetáculo, ou melhor, os jogos se encerram no dia 24 do mesmo mês.

Outro detalhe interessante é que não se podem portar bandeiras nem vestir camisetas temáticas (de times, torcida) em locais públicos, regras estipuladas pelo governo chinês.

Quer mais informações curiosas? A Agência Católica de Notícias publicou recentemente uma reportagem que citava informações do diário esportivo italiano "La Gazzetta dello Sport" e o diário espanhol "La Razón" no sentido de que a Bíblia, o livro sagrado dos católicos, aparece na lista de "objetos proibidos" na Vila Olímpica. A China logo tratou de censurar as reportagens e desmentir a informação através de entrevista coletiva do porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Liu Jianchao. “Percebemos as reportagens e verificamos isso com as autoridades relevantes. A verdade é que as reportagens são rumores absolutos", disse.

O palco principal dos jogos será O Ninho de Pássaro, nome que faz alusão à forma retorcida da estrutura tubular. Local também das cerimônias de abertura e encerramento do evento, com capacidade para 91 mil pessoas sentadas - 11 mil assentos são removíveis. Uma mega-estrutura, com 258 mil metros quadrados que teve sua construção iniciada em dezembro de 2003.

Mais de 40 mil jornalistas estão credenciados para cobrir esta Olimpíada. Somente em rádio e televisão, são mais de 10 mil profissionais concentrados em um imenso prédio onde funciona o IBC, centro de transmissões.

Participando do evento, calcula-se aproximadamente um pouco mais de 10 mil atletas de mais de 200 países. Ao todo serão 302 eventos em 28 modalidades diferentes de esportes como: Atletismo, Badminton, Beisebol, Basquete, Boxe, Canoagem, Ciclismo, Esgrima, Futebol, Ginástica, Halterofilismo, Handebol, Hipismo, Hóquei, Judô, Lutas marciais, Nado Sincronizado, Natação, Pentatlo Moderno, Pólo Aquático, Remo, Saltos Ornamentais, Softbol, Taekwondo, Tênis, Tênis de Mesa, Tiro ao alvo, Tiro com Arco, Triatlo, Vela e Vôlei.

E para um país que possui culinária exótica aonde se inclui bichinhos estranhos ao hábito alimentar do resto do mundo até um comitê de Segurança Alimentar foi criado. Segundo o porta-voz do comitê, Tang Yunhua, há três anos, Beijing elaborou o Programa de Ação da Segurança dos Alimentos dos Jogos Olímpicos, a fim de elevar o nível de supervisão da segurança dos alimentos na capital.

Garantindo a alegria das comemorações no antes, durante e depois, a Vila Olímpica recebeu 100 mil camisinhas nesta edição - hotéis de Beijing, outros 300 mil. Informações do porta-voz do gabinete de saúde olímpico garantem que no primeiro semestre deste ano, foram registrados 489 novos casos de Aids na cidade que tem cerca de 18 milhões de habitantes, sendo mais de 43% infectados ao fazer sexo sem proteção.

Voltando ao assunto fazer bonito, ainda continua a tarefa ingrata e arriscada dos estrangeiros em tentar decifrar a China e sua complexidade. “Amigos chineses já aconselharam: tente entender as pessoas, os costumes, a cultura” disse Janaina Silveira, jornalista brasileira que está no país a trabalho.

Para evitar desconfortos e recepcionar muito bem os torcedores e curiosos, cartazes foram espalhados pelo distrito de Dongcheng, ensinando oito perguntas que os chineses não devem fazer aos visitantes. A lista ensina que não se deve perguntar ao estrangeiro: idade, salário, propriedades da família, estado civil, condição de saúde, endereço, crenças religiosas e orientação política. “A etiqueta chinesa e a estrangeira têm profundas diferenças conceituais, portanto precisamos promover o conhecimento das pessoas a este respeito para quando a cidade receber os estrangeiros que chegarão à cidade durante os Jogos Olímpicos”, disse Li Ning, presidente do Instituto de Etiqueta de Beijing, em entrevista à agência Xinhua.

Distante a todos pré-conceitos de repulsa a mais uma novela das Olimpíadas fica a idéia de que agora vamos é aproveitar mais um capítulo e torcer para que nosso Brasil faça bonito naquele país tão diferente. Além de esperar que em Londres, no ano de 2012 o espetáculo seja tão bem montado, dando continuidade ao sucesso de bilheteria das edições anteriores.


FONTES DE PESQUISA
China in Blog – www.clicrbs.com.br/blog/jsp
Istoé Online: www.terra.com.br/istoe/olimpiadas/jogos
BOURDIEU, Pierre. Sobre a Televisão. RJ:Jorge Zahar Editor

sábado, 24 de maio de 2008

Amor à primeira vista

Também não acreditava. Mas, quando eu o vi pela primeira vez não sei como, só que o primeiro pensamento que me veio à cabeça foi: Ele vai ser meu! Foi tiro e queda. Bati o olho e tive a certeza que viveria com ele grandes momentos.
Foi um sentimento estranho, mas não tive medo. Ixiii, pra quem não queria saber de namoradinho nem tão cedo, encarei com muita coragem, determinação e uma pontinha de curiosidade até.
O currículo dele? Nem te conto. De primeiríssima acabaria com qualquer amor (hehehe). Homem quarentão com carinha e corpinho de um garotinho de 25, galanteador, recém separado, duas filhas criadas – de mães diferentes, filho único de pais ciumentos e gente boa pra dedéu.
Comecei a me assustar quando fui conhecendo esse histórico. Mas, meu amigo, já era tarde! O cupido (que brega) já tinha me flechado.
O primeiro beijo? Uauuu, uma coisa de louco, o que foi aquilo? Só de lembrar dá um arrepio na coluna. Aí, nem preciso dizer como ele me fez e faz bem, né?!
Um caso maduro. É um relacionamento gostoso, com admiração, aprendizado, companheirismo, sem cobranças (lógico, que às vezes rodo a baiana e faço algum charminho do tipo: você não me ama, não quer nada sério comigo, blá blá blá), respeito (tudo bem que vez ou outra rola de levar aquele chifrinho – nada muito grave - perdoável), confiança e, melhor ainda, uma explosão entre quatro paredes. Chego a ficar sem fôlego!
A moral da história? Desde aquele primeiro olhar eu sabia que alguma coisa bem legal ia acontecer. E olha que está sendo mole!
Se isso é o tal amor à primeira vista não tenho tanta certeza, mas que esse é um título bacana pra essa história, é fato. E você já sentiu algo assim? Experimenta vai, deixa acontecer. É só usar um pouquinho de charme, caprichar no grau do óculos e pronto!

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Tão enganadinha!

Homens ludibriam a gente. Descobri que isso é praticamente automático em todos eles. Parece que vem com esse defeito ou qualidade de fábrica. Só que essa informação não está no manual, portanto só descobrimos com tempo de uso. No início, nos chamam de amor, nos enchem de carinho, levam café da manhã na cama, dormem abraçadinhos de conchinha, cantam músicas românticas, mandam flores e nos beijam enlouquecidamente que parece querer desentupir algo em nossa garganta! Ah, esses homens... Nos apaixonamos assim e mais ainda depois. Porque na verdade gostamos do desafio de pensar que um dia poderemos simplesmente mudar a peça após o defeito aparecer. Vai dizer que você não insiste em transformar seu namoradinho no homem mais perfeito do mundo? Que você está – e gosta - é no desafio de torná-lo um eterno galanteador. Aquele que você conheceu lá nas quebradeiras, que te encheu de dengo e te conquistou pra ser feliz por toda uma vida. Agora aproveita, menina!

Vai dar casamento!

Você também sente que nunca encontra seu tamanho em nada? Isso, o seu número ideal. Pode ser numa calça que nunca fica a jeito do corpo - ou larga, apertada na cintura, achatando o bumbum -, ou num sapato que faz um calo aqui ou abraça o dedinho ali, a camiseta que não dá o caimento certo, os pais que nunca ficam 100% na sintonia que queremos, o amor que nunca encontramos nesse tal par perfeito que dizem existir. Ah, o amor... que coisa!
Um casal de amigos que se conheceu há alguns dias já marcou data de casamento pra daqui alguns meses. Isso é precipitado? Claro que não. Nunca estamos satisfeitos com o que temos mesmo, o que gera uma intensa procura. E não tente me enganar porque que sei que agorinha, neste exato momento, você esta imaginando como isso é verdade.
Você nunca fica contente com o que tem. Criança é assim. Brinquedo só é bom quando é novidade, concordo. Quantas vezes não praticamos - ou pensamos em fazer – uma traição por pensar que, do nada, fogos seriam soltos na hora do beijo com o amante e a partir daquele momento ele seria o grande amor da minha vida, largaria tudo por ele, nos casaríamos em breve e viveríamos felizes para sempre. Ai, ai... Fala sério, né?!
Claro que sempre damos um jeitinho de experimentar coisas novas pra saber se o gostinho é melhor do que temos. Essa é a eterna busca. E me diga, pra que fazemos isso? Temos mesmo que abraçar o presente com uma forca extraordinária e curtir o momento em que vivemos.
Porque não arriscamos dizer – toda vez que surgir uma nova paixão – que agora é pra valer e este será o amor da minha vida com quem viverei toda uma eternidade?
O valor das coisas não está no tempo em que esperamos ser felizes, nem no tempo em que vivemos procurando algo que nos deixará bem por toda uma vida. E muito menos na eterna procura por algo que caiba certinho na gente – claro que é perfeito quando compramos aquela calça maravilhosa, de marca famosíssima, que fica coladinha no bumbum, certinha na cintura e linda na barra! Mas, que tal transformar nossas roupas enquanto não encontramos esse perdido? Leva pro costureiro, põe um curativo pra proteger do calçado que não está legal e pronto.
Viva logo agora, acerte sempre e confie no seu taco, tenha me mente que tudo que toca fica perfeito porque se transforma na sua medida. E afinal, sempre temos que ter aquele brinquedo que guardamos com mais carinho, nem tiramos da caixa praticamente, não emprestamos, não estragamos e cuidamos até ficarmos velhinhos. Vive feliz quem aproveita o melhor da vida que é um “presente” divino.
Que sejam felizes os meus amigos apaixonados e venha o casamento porque estou louca pra comer bolo de festa e pegar o buquê!