terça-feira, 21 de outubro de 2008

Te amo, tá!?

Você tem medo de falar “eu te amo”? Eu tinha.

Três palavrinhas mágicas que dependendo do momento em que são ditas, aceleram o coração, conduzem a uma profunda respiração seguida de sensação de conforto, deixam os olhos brilhando e um largo sorriso aparecendo.

Lembro de um texto de Martha Medeiros acentuando bem a questão do eu te amo, de como é dito a todo o momento, inexpressivo, automático.

Um exemplo é quando um casal de recém-namorados apaixonados se despede cada vez que se fala ao telefone. O diálogo final é assustador.
De um lado ela diz: - Benhê, eu te amo muito.
Ele responde: - Eu também. Te amo, te amo, te amo!
E continuam: - Ah, não. Eu te amo mais.
- Nada disso, eu que amo!

Tenha paciência! É tal de te amo pra lá, te amo pra cá. Chega a ser irritante. Sem falar naquela voz chatinha de dengo que os dois fazem. Até que precisam mesmo encerrar a ligação e um começa mandando o outro desligar o telefone primeiro e o outro fala que não e vai e fica naquele ‘lengalenga’ (aposto que você fez isso um dia). Até que decidem desligar juntos. Um, dois, três e tu, tu, tu.

Não que seja banalizado, pelo contrário. Se você sente que de alguma forma aquela pessoa é especial para sua vida, fale mesmo, com sinceridade. Pode ser no amor, no trabalho, na família, nas amizades. Não importa. O válido é que você deixe claro o quanto alguém é precioso.
Imagino que para os homens mais experientes (não aqueles meninos que descobriram a primeira namoradinha) isso seja uma tarefa muito mais delicada e complicada. Afinal, ele pensa que ao falar “eu te amo” será transportado automaticamente e em tempo real para um altar, com direito a padre ou pastor, juiz de paz e quase toda população do planeta convidada a testemunhar. Se for o caso de falar “eu te amo” para a namorada.

Mas, se você já for casado, meu amigo, terá de dizer as três palavras pelo menos uma vez ao dia para a sua esposa - como um dos afazeres da manutenção do casamento. Pesquisas confirmam que o efeito da frase dita as mulheres, é um forte aliado na resolução das crises de ciúme, além de evitar gastos exagerados do cartão conjunto e ainda pode render excelentes carinhos, massagens e receitas deliciosas.

Agora, já percebeu que aquele “eu também” - na resposta - é que mata qualquer um? Eu também? Epa! Você também se ama, é isso? Ok.

Um “eu te amo” - se respondido, deve ser a altura. Com um estrondoso “eu é que amo você”.

Calma. Respire fundo. Sinta o quanto às pessoas passam pela sua vida e quais são os aprendizados que proporcionam. Amar com sinceridade e deixar isso claro, nem que seja a cada século, é ótimo.

Quer ver um resultado bacana de como essas três palavrinhas fazem sucesso e te garantem mais dengo? Faça o teste do eu te amo esta semana. Comece dizendo aos mais próximos (pais, irmãos, esposa, filhos, namorada, amantes, amigos); estenda aos chegados do dia a dia (colegas de profissão) e; logo mais falará com o pessoal da padaria, da portaria do seu escritório e apartamento, jornaleiros, enfim, todos aqueles que você não nota, mas estão constantemente por perto, sendo bons atendentes e esperando serem percebidos. Só que é o seguinte, não pode falar muito. É uma vez só por pessoa e pronto – pra não enjoar.

Você não imagina como apenas uma palavra de amor pode mudar e muito a vida das pessoas que a recebem.

Vai lá, cara! Sem medo. Fala. Não arranca pedaço não.

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